Quando o tempo esfria de vez, a gente já sabe que está chegando aquela época delííícia de festa junina por todo canto.
Encontrar os amigos, aproveitar todas as comidinhas maravilhosas, fogueira pra aquecer corpo e alma, música típica…enfim, sinceramente, o que tem pra não gostar dessa fase do ano?
Mas mesmo que você seja suuuper fã dessa comemoração, será que você sabe a origem da festa junina? Ou por que tem tanta receita com milho nessa época?
Muita gente nunca parou pra pensar nisso e, por isso, resolvemos contar um pouco da história por trás dessa festa tão querida dos brasileiros. Vem com a gente!
Bom, a origem da festa junina é pagã – uma celebração do início do verão no hemisfério Norte, tempo de colheitas e fertilidade – mas os portugueses deram uma conotação religiosa, que segue, de alguma forma, até hoje. Afinal, comemoramos três santos católicos em junho: Santo Antônio, São João e São Pedro.
Essa informação já é suficiente para suspeitar que, no Brasil, a festa junina é uma herança da colonização portuguesa. Inclusive, em Portugal, até hoje, em junho, celebram-se os Santos Populares, uma festa de rua, com sardinha assada, caldo verde e muuuita música divertida. Lá, cada cidade grande tem um santo padroeiro e, no seu dia, é declarado feriado local, que é celebrado com alegria pela população.
No Brasil, a festa acabou tendo influências africanas e indígenas, fazendo assim com que ela tenha características únicas em cada região do país.
Atualmente, a região Nordeste é a mais forte nessas festividades. A maior festa junina do país acontece na cidade de Campina Grande, no estado da Paraíba, em honra de São João.
A festa junina é caracterizada por algumas coisas: a fantasia caipira caricata, as danças típicas, como as quadrilhas e, claro, as comidas à base de milho e amendoim, como canjica, cuscuz, arroz doce, bolo de milho, pamonha, pé de moleque, paçoca, além de bebidas como o quentão.
Sobre as comidinhas típicas da festa junina, o milho se destaca como o ingrediente rei e isso tem uma bela explicação.
É que, os portugueses costumavam comemorar a colheita do trigo nessa época, lá na terrinha, mas o cereal não existia no território brasileiro entre junho e agosto. Assim, querendo manter a tradição, optaram por se adaptar à realidade local e escolheram o milho, abundante por aqui e muito consumido pelos nativos.
A versatilidade do milho fez com que fossem criadas inúmeras receitas, tanto doces como salgadas e, só podemos dizer o seguinte: que sorte a nossa que tudo isso aconteceu desse jeito. Hoje, temos dezenas de comidas típicas inesquecíveis para espantar o frio do inverno.