Glúten: tudo que você precisa saber!

Nutrição

Glúten: tudo que você precisa saber!

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Todo mundo fala dele, mas pouca gente sabe exatamente o que é, onde se encontra, para que serve e por que algumas pessoas o evitam.

Por isso, resolvemos montar um guia simples, beeem direto ao ponto, que ajude a esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, para que você possa seguir fazendo as escolhas mais incríveis para sua alimentação e saúde em geral. Vamos a isso?

Bom, primeiro, precisamos explicar o que é, afinal, o glúten.

“O glúten é uma proteína encontrada em alimentos como cereais. Ele é formado pela ligação entre duas proteínas, a gliadina e a glutenina, além de outras macromoléculas, formando uma substância com elasticidade, aderência e insolubilidade em água”, esclarece a nutricionista funcional Mariana Alfaro.

Em geral, os alimentos que contêm glúten são do grupo dos cereais, principalmente o trigo e seus derivados. Para você ter uma ideia, 85% da constituição proteica da farinha de trigo é feita de glúten. Porém, outros cereais, como cevada e centeio, também podem possuir proteínas que formam o glúten, o qual está geralmente presente nas massas alimentícias, como macarrão, pão, biscoitos, entre outros.

Mas, se você evita glúten, o papo é um pouco mais complexo. É que existem produtos alimentícios onde se acrescenta glúten (para dar mais maciez, por exemplo) ou produtos que naturalmente não contém glúten, mas que são cultivados ou processados nos mesmos lugares de outros cereais e acabam contaminados. Nessas horas, é preciso cuidado redobrado na leitura dos rótulos.

“A aveia, embora em sua origem não tenha glúten em sua constituição, é normalmente cultivada no mesmo terreno que os outros grãos, em um processo chamado de rotação e, por isso, frequentemente, pode apresentar traços de glúten”, diz Mari.

“Tá, mas eu deveria cortar ou limitar o consumo de glúten?”, você pode estar se perguntando, né?

Bem, isso é extremamente individual e deve ser decidido na combinação entre autopercepção e exames médicos. Isto porque você pode, de fato, ter uma condição que torna impossível ou difícil a digestão do glúten ou, simplesmente, sentir que está livre de qualquer condição negativa associada a ele.

Para ajudar nesse entendimento, perguntamos para a Mari qual a diferença, afinal, entre sensibilidade, doença celíaca ou alergia ao glúten.

“Sensibilidade ou intolerância ao glúten é caracterizada por sintomas intestinais e extra intestinais relacionados à ingestão de alimentos contendo glúten, sem alergia ou doença celíaca.”

Nesse caso, você pode se sentir estufado, com mais gases, ter acne ou dor de cabeça, por exemplo. Você também pode ter uma doença autoimune (que não a celíaca) e desconfiar que o glúten possa estar associado a essa resposta imunológica e decidir por sua retirada. Outra opção, é optar por produtos de fermentação natural. Esse tipo de processo de fermentação deixa a digestão do glúten suuuper facilitada, visto que as bactérias utilizadas vão fermentando algumas substâncias, inclusive o glúten.

“Já a doença celíaca, é uma doença autoimune, desencadeada pela ingestão de alimentos que contêm glúten por indivíduos que possuem predisposição genética, gerando inflamação e danos à mucosa intestinal. Retirar o glúten da dieta é o único tratamento para os indivíduos celíacos.” 

Esse diagnóstico chega através de exames médicos e não deixa margem para dúvidas.

“No caso da alergia ao trigo, ela é mediada por IgE (exame que ajuda a diagnosticar alergias, por meio da concentração de anticorpos IgE específicos no sangue), que pode envolver manifestações gastrintestinais, de pele ou do trato respiratório de minutos a horas após o contato com o trigo. Ao contrário da doença celíaca, esta condição não é definitiva. Com o tratamento adequado, o organismo pode voltar a tolerar o seu consumo.”

Por fim, é bom lembrar que a recomendação de restrição ao trigo somente é consenso para pacientes diagnosticados pelo médico como celíaco, alérgico ao trigo ou com sensibilidade ao glúten.

“Não existe evidência que, para uma pessoa que não tem nenhum sintoma relacionado ao glúten, seja necessário restringir da alimentação”, finaliza Mari.

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